RVq, vol. 17, No. 04, 2025
Ao “folhear” as páginas digitais da Revista Virtual de Química (RVq), com o perdão da licença poética, é impossível não reconhecer o papel fundamental que a RVq vem desempenhando ao longo de sua trajetória na promoção e difusão do conhecimento químico no Brasil. A RVq, iniciativa da Secretaria Regional da Sociedade Brasileira de Química do Rio de Janeiro e capitaneada pelo Professor Ângelo da Cunha Pinto (In memoriam), consolidou-se como um espaço plural de diálogo acadêmico, que abriga desde pesquisas experimentais de ponta até debates teóricos importantes e relevantes na química brasileira. Como escreveu o Prof. Ângelo no primeiro editorial da RVq:
“...Para que mais uma revista e ainda por cima em português? Perguntas e comentários como estes estarão na boca ou no pensamento de muitos. Antes que cheguem até nós, queremos dizer que a Revista Virtual de Química não é mais uma, veio para ficar e sua missão é divulgar para um público amplo as novidades na Química, e o trabalho tanto de pesquisadores consolidados como de pesquisadores jovens. Mais do que uma revista é um palco científico de divulgação eletrônica para a comunidade científica brasileira mostrar com arte o que faz.”¹...
Desde sua criação, no ano de 2009, a RVq tem sido palco de relevantes contribuições científicas, reunindo artigos originais, revisões, relatos de experiência e propostas didáticas, sempre com a perspectiva de enriquecer o repertório de estudantes e profissionais da química e de áreas afins. O compromisso editorial com a qualidade, a ética e o rigor científico refletiu-se na inserção da publicação nos principais indexadores nacionais e internacionais. Ao proporcionar espaço para diferentes abordagens e perspectivas, a RVq sempre teve como objetivo primário, incentivar a comunidade química para o diálogo entre os diferentes setores, valorizando a interdisciplinaridade.
Todavia, ciência é ação e mudança. E a RVq, a partir de 2026, em movimentos planejados, constantes, mas não desesperados, vai mudar. Começando pelo seu corpo editorial, que terá um editor chefe e quatro editores executivos. Estes, serão auxiliados por um corpo de editores associados. Três níveis editoriais, na perspectiva de acelerar o processo de avaliação, mantendo a qualidade editorial da RVq. O segundo movimento, diz respeito à linguagem. A partir de 2026, a RVq só aceitará artigos em português.
O terceiro movimento, que será mais lento, mas constante, é o projeto editorial. Este novo corpo editorial buscará resgatar os objetivos iniciais da RVq, sem perder o foco do que ela também se tornou. Assim, esperamos implantar três novas seções na revista, a saber: Divulgação/Difusão Científica, Biografias de Químicos e Políticas Científicas.
A seção de Divulgação/Difusão Científica surge como um renascimento. A RVq sempre publicou artigos nesta seara, mas agora, resgataremos esses artigos, incentivando a comunidade de químicos a difundir suas pesquisas em uma linguagem acadêmica que alcance estudantes, pesquisadores e professores. Incentivaremos também a divulgação científica na perspectiva de sempre combater o negacionismo científico que se fortalece a cada dia com as redes sociais. Precisamos de comunicações científicas no âmbito da difusão e da divulgação científica de formas acessíveis para aproximar públicos de diferentes faixas etárias e formações.
A seção Biografias de Químicos é uma tentativa de reconhecimento a várias trajetórias acadêmicas que muitas vezes passam despercebidas pela comunidade de químicos. Procuraremos dar espaço a histórias de pesquisadores(as) brasileiros(as) que inspiraram gerações em todos os estados brasileiros, apresentando exemplos de persistência, criatividade e impacto social. Queremos valorizar a pluralidade de origens, contextos e contribuições que constituem a química como campo do saber e como ação transformadora no Brasil.
A nova seção de Políticas Científicas quer buscar o debate, na perspectiva que compreendemos que ciência, educação e política caminham juntas. O espaço visa reflexões, análises e discussões sobre o ambiente de produção de conhecimento, financiamento, desafios institucionais, estratégias de internacionalização e o papel das entidades científicas frente às várias e diferentes demandas da sociedade.
Estas mudanças buscam resgatar alguns princípios que levaram a criação da RVq, no entanto, sem perder as mudanças às quais também foram características de sua evolução. Olhamos para o futuro, celebrando um passado significativo para a existência da revista. E assim, convidamos todas e todos a participarem ativamente, seja como leitores(as), autores(as) ou colaboradores(as), nesta jornada de renovação e diálogo. Que a Revista Virtual de Química siga sendo fonte de inspiração, conhecimento e transformação para a comunidade química e para toda a sociedade.
Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Química, CEP 31270-901, Belo Horizonte-MG, Brasil
https://orcid.org/0000-0002-2609-0281
Universidade Federal de Goiás, Instituto de Química, CEP 74690-900, Goiânia-GO, Brasil
https://orcid.org/0000-0002-3273-8603
Link- Licença CC-BY
Esta obra é de autoria de Jorge Caetano (MG, SP) “Iemanjá” (1985), óleo s/ tela, 20 cm x 30 cm
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